Mãe não conversa. Filosofa.

Maternidade é uma coisa interessante...

Tudo, absolutamente tudo, adquire outra proporção. Parece que passamos a ver as coisas com uma lente de aumento. Uma simples conversa, uma cena, uma reportagem, qualquer coisa, te faz filosofar. Porque mãe é ser filosófico...

Já até falei disso aqui .

Esses dias eu estava com o João na cozinha e ele me chamou a atenção para escutar o papo entre a Isa e o Davi.

A cena foi linda: ela estava com ele no colo e dizia pra assim: " Davi, o dia que você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida!"

Ouvir declaração de amor de filho é delicioso, mas ouvir declaração de amor entre irmãos não tem preço! Aquilo foi o mesmo que ouvir que a gente está no caminho certo, sabe? Fez bem pra gente como casal. E fez bem para mim como mãe.

Ver aquela cena linda me fez lembrar dos receios que tive e perceber que vencemos essa etapa... Pelo menos por enquanto.

Como qualquer mãe, uma das minhas maiores preocupações quando fiquei grávida do Davi era como seria a reação da Isa quando o irmão chegasse. Você passa a gravidez todinha preparando a filha mais velha mas sabe que no final tudo aquilo que você planejou pode ir por água abaixo. No final mesmo, vai depender de como tua filha encara as coisas, de como ela está se sentindo com aquela novidade toda.

É claro que o papel dos pais é importante e por isso li muito sobre o assunto e conversei com pessoas que passaram por isso. Minha mãe foi essencial nesse processo todo. Ela me ajudou muito com sua experiência. 

A Isa recebeu muito bem o Davi. Desde a maternidade, ela foi muito carinhosa com ele. Sempre teve uma postura de irmã mais velha mesmo, de proteção. A única mudança é que ela não queria ficar sozinha, então sempre que ia colocar ele para dormir, ela ia junto. Ah, notei também que ficou mais manhosa. Depois isso parou.

E então, como disse, vencemos essa etapa. Agora vamos para outra, bem mais difícil e que não tem fim.

Passado o tempo das novidades, vem a realidade da construção de um relacionamento saudável entre os irmãos. E eu entendi que é a minha atitude como mãe diante do dia-a-dia e dos perrengues que vai fortalecer ou enfraquecer esse laço. Porque mãe também pode ser pedra de tropeço para os filhos.

Eu realmente entendi quando o autor dizia em seu livro que a mulher é responsável pela nutrição emocional da casa. Percebeu a responsabilidade?

Entendi também que minha interferência deve ser justa. Escrever isso soa até estranho, já que é obvio. Mas exercer justiça não é fácil, e com certeza vou falhar. Mas como disse, é a minha atitude diante desse processo todo que vai formar duas pessoas adultas emocionalmente nutridas ou não.

Quero que Isabela e Davi sejam amigos por toda a vida deles. Por isso quero que eles tenham a segurança de ter uma mãe que os ama e os trata de forma igual.

Entendeu agora porque mãe não conversa, filosofa?

:)


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